terça-feira, 21 de abril de 2009

Vizinho barulhento, tem solução?

Nos últimos dias parece que estou sendo perseguido por pessoas que não sabem o que significa viver em uma comunidade.

Moro em um condomínio a quatro anos, mudei pra cá exatamente pelo sossego que percebi visitando o lugar. São apartamentos duplex, em um condomínio horizontal, todos circulando a quadra com entradas voltadas para uma área central, uma praça coletiva. A mudança valeu a pena, sempre gostei de chegar em casa e poder descansar, avaliar como foi o dia, conversar em a familia.
Infelizmente nos últimos meses este sossego acabou.
Primeiro apareceu um "velho babão" que fala ao telefone o tempo todo que esta em casa. Isso seria normal se não fosse na varanda do apartamento e em uma altura que parece que esta em uma feira chamando fregueses para sua barraca.
Depois mudou-se pra cá um maluco que sai em busca de seus parceiros pra o jogo de dominó gritando o nome dos mesmos em vez de simplesmente bater as suas portas para convidá-los. Isso é só o começo, a tortura continua com as malditas pedrinhas sendo batidas nas mesas pela madrugada a dentro.

Mas recentemente o vizinho ao lado chegou impondo a todos o seu gosto musical pela musica "house dance" ou sei lá como chamam isso e a sua paixão por carros "tunados" e som que só deve ter sub-wofer, as paredes tremem quando o garotão está empolgado, acho até que seus tímpanos já defasaram faz tempo e ele ainda não percebeu.

Isso tudo sem falar nas obras e reformas que surgem a qualquer hora sem a menor preocupação com o bem estar da vizinhança. Talvez vocês estejam pensando: Que condomínio é esse? Onde está o Síndico? Está é uma boa pergunta, eu também queria saber. Todas as vezes eu mesmo tenho que resolver quando as coisas ficam insuportaveis.
No ultimo fim de semana fui com minha familia almoçar na casa de minha mãe. Estava feliz por visitá-la e também por fugir do barulho infernal do domingo em meu condomínio. Finalmente encontrei paz! Errado, foi pior. Um vizinho ao lado da casa também estava reunindo a familia para um churrasco regado a muito forro, brega e funk num volume que o bairro inteiro podia escutar, isso sem falar no conteúdo das músicas que era era ultrajante e impróprio para as crianças.

O mais triste de tudo isso é que percebo que não estou sozinho, o problema se repete em vários lugares. Na minha rua volta e meia passam carros com o som nas alturas em plena madrugada. Moro em um bairro de "classe média alta", e agora sei o porque do nome, é que a falta de educação é mais alta ainda. Quando tentamos resolver as coisas reclamando nosso direito ao silêncio, parece que a coisa se inverte e nós é que somos os errados.


Mas o se pode fazer quando a conversa e o síndico não resolvem as coisas? Bem, há lei contra isso . Existe um limite para o nível de ruído em geral provocado por uma unidade, mesmo durante o dia. Isso é garantido pelo Código Civil:
"Art. 1.336. São deveres do condômino: (...)IV - dar às suas partes a mesma destinação que tem a edificação, e não as utilizar de maneira prejudicial ao sossego, salubridade e segurança dos possuidores, ou aos bons costumes." O problema é fazer valer o seu direito. Em resumo: Se a conversa não resolver, pode desistir, pois nada vai dar uma solução imediata. O sujeito pode até ser multado pelo condomínio, ou você pode recorrer ao tribunal de pequenas causas e passar um tempão para ter o seu direito respeitado. No site SindicoNet tem o manual de 13 paginas com um roteiro dando orientações de como solucionar o problema. Vou dar aqui duas sugestões:
  • Faça uma cabine com isolamento acústico e fique lá até que seus visinhos se cansem de fazer barulho ou;
  • Pegue um taco de baseball e destrua a fonte de ruído. A primeira é recomendável, pois evitará que você fique um tempo atras das grades. Será que tem barulho lá?

Um comentário:

Onias Veras disse...

Tenho problemas com vizinhos também. A pessoa possui hábitos noturnos. Durante o dia é um silencio de cemitério, mas a partir da meia-noite começa a faxina, as gargalhadas e um desfile com botas.
Um pouco mais tarde ouço todo o acasalamento. Isso mesmo até o ato sexual da pessoa com seu namorado sou obrigado a ouvir.
Já reclamei com a própria indivídua, com o dono do prédio.
Como ameacei sair e quebrar o contrato de aluguel o dono prometeu que na próxima reclamação pedirá as chaves de volta da minha querida vizinha.
Essa garota não sabe o mal que pode causar a alguém. Só de ouvir ela chegando já perco o sono. É uma situação de desrespeito incrível.

Abraço a todos